Best of Blues traz grandes nomes internacionais em uma edição histórica
- Rafael Ferreira
- 4 de abr.
- 4 min de leitura
Além do festival, haverá também exposição interativa, mostra de filmes e pocket shows gratuitos

Um dos festivais de música mais prestigiado do Brasil fará uma edição histórica neste ano. O Best of Blues and Rock ocupará novamente o Parque do Ibirapuera trazendo grandes nomes, como Alice Cooper, Deep Purple e Richard Ashcroft, vocalista do The Verve.
O grande nome responsável por trazer há 12 anos este importante evento é Pedro Bianco, fundador e presidente da Dançar Marketing. Em entrevista à Yellow Mag Brasil, o empresário revelou os destaques deste ano e as principais novidades, que vão muito além dos grandes shows.
Além das apresentações musicais, o festival se coloca como uma plataforma que abraça outras manifestações artísticas. Este ano, está prevista uma projeção mapeada em alguns prédios; uma exposição gratuita e interativa sobre os 10 anos do festival na Casa das Rosas; uma mostra de 7 documentários musicais em maio (ainda sem local definido) e a apresentação de 14 pocket shows com nomes que participaram de outras edições, como Yohan Kisser, filho de Andreas Kisser, também na Casa das Rosas.
“O festival não é só entretenimento, a gente quer envolver cultura e educação”, contou Pedro.

Entre os destaques da edição deste ano, estão Alice Cooper, que completou no ano passado os 50 anos de sua primeira apresentação no Brasil.
“Ele abriu a porta de todos os shows de rock que vieram para o País. Ele tá inteiraço”, disse Pedro.

Outro grande nome é o músico Dave Matthews que virá com sua banda completa e fará duas apresentações totalmente diferentes. Pedro disse que tem um significado diferente ele fazer uma apresentação no parque.
“Ele é um artista muito ativista, gosta muito de natureza. Acho que isso faz uma completa diferença do que colocar dentro de uma sala de concertos ou em um estádio”, disse.

O festival também terá a presença de Richard Ashcroft, vocalista do The Verve. É a primeira vez que um integrante da banda, desfeita em 2019, vem ao Brasil, e do Deep Purple, uma das maiores bandas de rock da história. Pedro disse que apesar do grupo ter vindo diversas vezes ao País, esta será uma apresentação diferente.
“Ele nunca fez no parque, ao ar livre. A gente tá proporcionando um ambiente aberto, completamente diferente.Imperdível”, conta.

O festival também terá a presença de Judith Hill, que foi escolhida por Michael Jackson para fazer a última turnê ao lado dele, que infelizmente não ocorreu por conta da morte precoce do músico.
“A banda é formada pela família. Ela é multi instrumentista”, diz Pedro.
Entre as bandas nacionais, estão Barão Vermelho, ícone dos anos de 1980; uma homenagem de Paula Lima à Rita Lee; a volta do Charlie Brown Jr; a banda Hurricanes e a Cachorro Grande, que foi um pedido dos fãs nas redes sociais.

Desde o ano de 2013, quando teve sua primeira edição realizada pela Dançar Marketing, o festival já reuniu um público total de mais de um milhão de espectadores, além de movimentar cerca de 400 artistas e gerar vinte mil empregos de forma direta e indireta. Hoje é considerado um dos principais do mercado.
“A gente pensou no que a gente tinha no mercado aberto para poder fazer um evento diferente. Eu pensei em um festival de Blues, Jazz, Rock, Soul. Fomos evoluindo a ideia internamente e eu achei legal fazer um evento histórico. Foi o primeiro festival totalmente independente. Convidei alguns artistas, foi algo bem simples, nada muito grande”, contou Pedro.
Tendo as primeiras edições fechadas e com cobrança de ingresso, o festival decidiu ir para o parque Ibirapuera e, graças ao patrocínio da Samsung, conseguiu proporcionar a gratuidade.
“Nós fizemos isso por quatro anos. Era lindo, a coisa mais gostosa”, disse Pedro.
No entanto, a pandemia fez sair o patrocinador, o que fez com que ele voltasse a ser cobrado, mas sem deixar de ser em um local aberto. Pedro disse que a Dançar já fez mais de mil eventos gratuitos e que lamenta não conseguir manter a gratuidade do festival.
“Eu gosto muito. É um modelo de negócio interessante. Eu gostaria de não cobrar ingresso, mas temos que pagar as contas”, afirmou.
O festival já teve grandes momentos históricos. Entre os principais, Pedro destacou alguns nomes que infelizmente nos deixaram, como o guitarrista Jeff Beck, morto há 2 anos e que estava previsto para vir na última edição; Chris Cornell e Dr. John. Outro grande artista, recordista de participações, foi Buddy Guy que anunciou uma pausa na carreira.
“A gente pensa em trazer ele um dia, nem que seja em um jato. Ele é icônico. Uma personalidade", finalizou Pedro.

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