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SPECIAL INTERVIEW | MAX PETTERSON

Do Cariri para o mundo, Max Petterson brilha ao trilhar carreira no cinema, na TV e no teatro.

Era entre final de tarde e início da noite quando eu aguardava a chegada de Max Petterson na cafeteria que combinamos de nos encontrar, no centro da cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. A trilha sonora era um R&B e, mesmo que a temperatura estivesse na casa dos 30º C, o tempo era agradável. Felizmente, meu entrevistado é acostumado a todo tipo de temperatura, afinal ele é natural da região do Cariri cearense, da cidade de Farias Brito, onde os 40º C podem ser alcançados facilmente em alguns meses do ano, e também mora em Paris, onde o inverno pode chegar a temperaturas tão baixas que um caririense pode, literalmente, bater o queixo.


Assim que avistei Max pude notar a mesma essência que encontrei no jovem sonhador que conhecera anos atrás, no ano de 2014, em Crato – a cidade que ele estudava quando decidiu investir no sonho de cursar Teatro em Paris. Na época, nossa conversa ocorreu num banco da Praça da Sé, coração da cidade cratense. O motivo? Uma entrevista para divulgar uma vaquinha on-line iniciada por Max com o intuito de arrecadação financeira que colaborasse com os primeiros gastos na capital francesa. Naquele dia conversamos por um tempo, sob a sombra de uma árvore local, pouco antes da tão sonhada viagem. Ele, um jovem de 20 anos carismático, atencioso e gentil, que não tinha bolsas de estudo para a universidade francesa que ingressaria em alguns dias, mas que contava com uma bagagem gigante, carregada de sonhos e planos; eu, um jornalista que ouvia atentamente a história de vida daquele rapaz que, alguns anos depois, se tornaria conhecido por sua arte e estaria mostrando ao mundo todo seu talento.



Após a chegada na França e o ingresso na Universidade de Paris-VIII, o mundo de Max deu voltas que o fizeram ganhar fama pela sua naturalidade e forma extrovertida. Com um vídeo falando sobre o suor e o mau cheiro dos franceses durante a época do verão europeu, o menino de Farias Brito viu acontecer, da noite para o dia, uma explosão meteórica que o tirou do anonimato e o colocou sob os holofotes de jornalistas e usuários de redes sociais do Brasil e de lugares de todo o mundo.


Estava ali uma grande oportunidade para a hora da virada na vida de Max. A quebra de estereótipos inicialmente concebidos em sua mente fez com que ele investisse em vídeos e se tornasse um youtuber. No finalzinho de 2022, ele tinha mais de meio milhão de inscritos em seu canal no YouTube. O sucesso se repete em outras redes sociais: no TikTok já eram mais de 450 mil seguidores e, no Instagram, mais de 930 mil.


De lá para cá foram inúmeros os vídeos de Max mostrando a rotina na França e nas viagens que realizou; dando conselho às pessoas que participam e interagem com ele diariamente; rindo – ou mangando, como diz o vocabulário cearense – do povo e de situações que encontra; fazendo a famosa vaia cearense, o “IÊÊÊÊÊÊI”, que faz a garganta de brasileiros e gringos vibrar ao entoá-la em alto e bom som; criando situações leves e divertidas etc... Todas, claro, levando o sotaque, os nomes, as cores e demais características do Cariri para todo mundo.



O primeiro trabalho de Max Petterson nos cinemas, o filme “Bem-vinda a Quixeramobim”, do diretor Halder Gomes, teve pré-estreia na França e exibição em alguns cinemas brasileiros. No Cariri, o público lotou as salas de exibição enquanto o filme permaneceu em cartaz. Na história, o ator interpreta Eri, morador de Quixeramobim, que acompanha Aimée, personagem de Monique Alfradique, após o pai dela se envolver em um esquema de corrupção e ela voltar às raízes da família materna na cidade cearense. A parceria nas telonas é fruto da conexão real que surgiu entre os dois artistas, que filmaram o longa-metragem com demais profissionais em isolamento social durante a pandemia de covid-19, no ano de 2020. Além de Monique, o elenco conta com grandes nomes nacionais, entre eles Chandelly Braz, Edmilson Filho, Falcão, Valéria Vitoriano e Silvero Pereira.


Nas telinhas, Max Petterson está brilhando, desde o final do mês de dezembro de 2022, na série “O cangaceiro do futuro”, da Netflix. Sob a direção de Halder Gomes e Glauber Filho, a história conta a história de um homem que é transportado para a década de 1920 e é confundido com Lampião, o rei do cangaço. Max interpreta Amaro, que consegue se encontrar após entrar para o bando montado pelo “novo” Virgulino. Valéria, Edmilson e Chandelly também estão no elenco, além de inúmeros outros grandes nomes, dentre os quais estão Dudu Azevedo, Fábio Lago e o caririense Edglê Lima, que interpreta o Cordelista.


Quem pensa que parou por aí, está enganado. Max Petterson também mostra seu talento nos palcos dos teatros. Com o espetáculo “Bôcu Bonjour”, ele encontra o público e conta suas histórias com o bom e velho “olho no olho”. Cidades como Fortaleza, Recife, Mossoró, São Paulo e Juazeiro do Norte já receberam o stand up desde que foi criado, após Max ser convidado pela equipe de Windersson Nunes para abrir o show dele em Paris.


Em 2023, o ano começou com agenda cheia, com Max levando todo seu humor e seu carisma às cidades de Crato, Rio de Janeiro e São Paulo. Antes disso, no último mês de 2022, foi quando nos encontramos para a entrevista que você confere aqui, na Yellow. A busca pelos sonhos, as mudanças da vida e os planos para o futuro são apenas alguns dos assuntos que discutimos. Convido vocês para que acompanhem como foi nossa conversa enquanto se deslumbram da beleza que ficaram as fotos, registradas em Juazeiro do Norte sob as lentes de John Felix, fotógrafo e diretor criativo. Que tal ler enquanto prova de um bom cafezinho com cuscuz, como um bom caririense? Vem com a gente!


Link para download da entrevista completa: ENTREVISTA MAX PETTERSON


Matéria escrita pelo jornalista JOAQUIM JÚNIOR

Fotografia por JOHN FELIX

Talento MAX PETTERSON

Editor & Casting CARLOS MOSSMANN



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