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Vivendo jornalista na série “Notícias Populares”, Luiz Bertazzo fala do personagem Luna

Ator também fará parte de “Betinho”, do Globoplay, onde dará vida ao Carlos Afonso, um dos grandes amigos e parceiros de luta de Herbert de Souza.


O ator Luiz Bertazzo volta ao ar na série “Notícias Populares”, que estreia dia 29 de setembro no Canal Brasil. A série conta a história do jornal de nome homônimo famoso na década de 90. A trama, criada pelo jornalista André Barcinski e pelo cineasta Marcelo Caetano, retorna aos anos 1990 e aborda com bom humor as principais histórias do jornal.

Eu interpreto o Luna, um jornalista que cobre as matérias sobre sindicatos e também assina a coluna de cinema, sua maior paixão. Suas críticas, sobre os filmes dos anos 90, escracham os grandes clássicos e exaltam os filmes de ação do seu ídolo Arnold Schwarzenegger – conta Bertazzo.


Luiz ainda é par romântico da protagonista da produção, vivida pela atriz Luciana Paes.

Ela interpreta Paloma que chega no jornal como uma estranha no ninho, e o Luna, já ciente de todas as malandragens e traquejos da redação, se torna um importante aliado pra ela sobreviver ao dia a dia de uma das redações mais caóticas dos anos 90 – revela.

Para a preparação para o papel o ator contou com o auxílio de Marcelo Caetano, criador e diretor de “Notícias Populares”.

Ele foi nosso preparador, o que me ajudou muito nos ensaios e na composição do Luna. Saber o que o diretor pensa, enquanto atmosfera de cena, principalmente quando se trata de humor, foi essencial pra me sentir seguro no set. Também aprendi muito com a Luciana, que é uma comediante muito sagaz, atenta ao jogo da cena. Para despertar o lado romântico do Luna montei uma playlist só com músicas dos anos 90 que eu acredito que Luna ouve quando fica apaixonado, pra ouvir antes das diárias: “Tu és o MDC da minha vida” do Raul Seixas era a que mais doía no coração dele (rs) – diz.


As gravações da série do Canal Brasil duraram dois meses e foram feitas na redação do extinto periódico.

Foram dois meses de gravações, meu personagem não era muito de ir a campo, então minhas cenas ficaram concentradas no primeiro mês, quando gravamos na redação do Notícias Populares, no prédio da Folha de São Paulo onde ficava o jornal. Um andar foi cedido e descobrimos que se tratava do mesmo andar do Notícias Populares – ressalta o intérprete de Luna.

Bertazzo também estará em breve no ar com uma das séries mais aguardadas do streaming, “Betinho” que estreará no Globoplay. Na produção ele vive Carlos Afonso um dos grandes amigos de Herbert de Souza.

O Carlos Afonso, que era carinhosamente chamado de CA, foi o compadre na vida do Betinho, um homem que esteve com ele na militância contra a ditadura, no exílio, na fundação do IBASE - instituto que foi essencial para mapear a fome no país - e seguiu junto ao Betinho até sua morte. Teve uma atuação discreta na mídia, ao contrário de Betinho, mas no IBASE era uma peça importante na luta das dificuldades que uma ONG enfrentava naquele período de redemocratização do Brasil. O CA é um dos poucos brasileiros que pertencem ao Hall da Fama da Internet, é considerado um dos principais responsáveis por trazer a internet para o Brasil, e até hoje trabalha para que o acesso seja universal e a conectividade possível a todos – explica.

O ator de 38 anos nascido em Curitiba, PR, fala de como foi a preparação e a pesquisa para criar esse importante personagem.


Por conta da discrição do CA, havia pouco material na mídia, em um vídeo mais recente consegui notar a tranquilidade de um homem que dá o suporte para as coisas acontecerem dentro do instituto. Mas na ficcionalização da história, muitas vezes a temperatura da cena sobe e o Carlos Afonso tranquilo deu lugar a minha interpretação do que seria ser o braço direito do Betinho, lidando com falta de dinheiro pro Ibase, perseguições políticas, vendo o melhor amigo adoecer. Foi um set muito emocionante, então era inevitável as atuações serem muitas vezes, à flor da pele – relata.

Bertazzo dividiu cenas com os atores Júlio Andrade e Michel Gomes, que vivem Betinho e o cientista político Átila Roque respectivamente.

Tive muita sorte de estar nesse projeto. Temas que a série retrata nos atravessam até hoje: a luta contra a fome e a miséria, o acesso ao tratamento do HIV, a morte de líderes políticos progressistas, entre outros, espelham nossas vidas atuais e trouxeram à tona sentimentos nobres no set. As lágrimas eram frequentes nos bastidores, muito disso se deu pela transformação absurda do Julinho na personagem. Em uma das cenas em que estivemos nós dois atuando, eu desabei depois do corta, porquê parecia que Betinho estava ali diante de mim, e essa visão é arrebatadora, e de alguma forma acho que ele estava sim. É impressionante o quanto Julinho encarnava a personagem, e a rapidez em que também saia dela. A presença de Daniel, filho do Betinho, na consultoria de roteiro e visitando o set, também nos ajudou a lembrar da importância da história que estávamos contando ali; ele parava pra falar com cada um, pra nos lembrar sobre quem eram essas pessoas e a importância delas – conta.

O ator, que tem 20 anos de carreira, é lembrado pelo público pela última temporada da série “As Five”, que está no catálogo do Globoplay. Nela ele interpreta um vilão.

As Five” foi uma diversão. Eu interpreto Fábio, CEO da empresa em que a Ellen (Heslaine Vieira) trabalha. Ele é um desses ricos, que se cercam de mentes brilhantes pra sugar suas ideias em benefício de sua própria imagem e carreira. A personagem servia à uma denúncia, para mostrar o racismo que acontece nessas grandes empresas. Fazer uma personagem assim é sempre delicado, pois além de chamar a atenção para a denúncia do tema abordado, você também tem que criar uma empatia, para aproximar o espectador da personagem, a fim de que ele se reconheça nela e faça sua auto crítica – explica.

Com o vilão o ator ganhou a antipatia do público de “As Five”, mas essa foi quebrada logo que os fãs viram que Bertazzo era autor do longa “Alice Junior” um sucesso de público e críticas, que teve repercussão internacional por abordar, com leveza, temas muito caros a comunidade LGBTQIAP+, como a transfobia nas escolas.

Alice Júnior” foi meu primeiro roteiro de longa-metragem, a ideia surgiu em 2011, logo após o projeto escola sem homofobia ser vetado e apelidado de Kit Gay. Como acredito que a arte é uma escapatória para falar sobre tudo, eu pensei “E se existisse um filme, estilo sessão da tarde, que fizesse a garotada vibrar por uma protagonista trans, e que por consequência, ainda levasse esse debate para as escolas e pra dentro de casa?”, e foi assim que surgiu “Alice Júnior”, uma comédia romântica adolescente sobre o primeiro beijo de uma menina trans. A produção foi feita com um baixo orçamento, de uma lei estadual, e ganhou proporções que nos surpreenderam, como por exemplo ter sua estreia internacional no Festival de Cinema de Berlim. Eu estive em muitas sessões nos festivais do Brasil, e foi emocionante ver a reação do público jovem vibrando pelo beijo de Alice. Hoje em dia a atriz Anne Celestino Mota recebe mensagens de meninas trans que assistiram ao filme e se chamam Alice por conta dele, e também algo que me deixa realizado é ver fotos dos adolescentes mostrando o filme passando nas escolas, caindo na redação... A arte atravessando as frestas – vibra.


A produção vai contar com uma continuação, intitulada “Alice Junior 2 – férias de verão”, que está na fase de produção e começa a ser gravada no final do ano.

Nesse segundo filme, cinco anos se passaram e acompanhamos agora uma Alice mais adulta, com outros desejos e desafios, como uma forma de acompanhar as transformações do elenco e dos seguidores do filme. Se no primeiro filme a ideia foi fazer um filme “sessão da tarde”, nesse mudamos a grade e apostamos na comédia “tela quente” – adianta Bertazzo.

Em 2023 o ator ainda fez importantes participações em séries e filmes que devem estrear em breve.

Gravei o “Cidade De Deus”, série com direção geral de Aly Muritiba que irá ao ar pelo HBO Max, e o filme “Ainda estou aqui” de Walter Salles – finaliza Bertazzo.



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