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PH MORAES

Atualizado: 16 de mai. de 2022

Cantor, compositor e instrumentista reflete sobre a sua trajetória e comemora a volta às estradas para shows.

Nesta quarta-feira (11), é comemorado o Dia Nacional do Reggae (a data foi criada a partir da Lei 12.630, assinada pela presidente Dilma Rousseff), como forma de homenagear Bob Marley e celebrar o gênero que tem muitos adeptos no país. A data também marca o aniversário de 41 anos da morte do artista, a maior lenda do ritmo jamaicano. Por esta razão a Yellow Mag convidou o cantor, compositor e instrumentista PH Moraes para uma entrevista onde ele reflete sobre a sua trajetória, fala sobre as suas referências e comemora a volta às estradas para shows.


Desde o início de sua carreira, PH MORAES percorre por palcos de festivais - no formato banda - e de lugares mais intimistas - no formato voz e violão. O artista já dividiu palcos com bandas e artistas como: Talib Kweli (EUA), Planta & Raiz, Maneva, Chimarruts, Gabriel o Pensador e muitos outros.

Leia a seguir a íntegra da entrevista:


Yellow Mag: Para começar, conta um pouco sobre sua trajetória no meio artístico musical?


PH MORAES: Primeiro, muito obrigado por esse convite. Gosto muito da Yellow Mag, do conteúdo e da estética! É um presente estar aqui.

Bom, apesar de ter começado cedo na música, iniciei minha carreira solo em 2009. Além de cantar e tocar violão nos meus shows, também costumo compor minhas músicas, e cuidar da parte visual dos meus lançamentos, desde capa de singles até direção de clipes.

Hoje em dia misturo o ritmo ijexá com linhas melódicas de reggae e música brasileira. E agora mesmo estou no Rio de Janeiro fazendo alguns shows durante o mês de maio que precede a agenda de São Paulo em junho. De volta às estradas, graças!


É muita coisa pra falar haha. Tentei resumir ao máximo!


Yellow Mag: Como e quando começou a sua relação com a música? Em que momento decidiu fazer desse talento profissão?


PH MORAES: Desde sempre tive influências musicais dentro de casa e sempre fui ligado em criar letras (mesmo que desconexas quando criança) e a desenhar.

Comecei a tocar violão aos 9 anos quando meu pai me ensinou a música “No Woman no Cry” de Bob Marley na versão de Gilberto Gil. Por ter pegado o jeito rápido, acabei pegando gosto.

A partir disso comecei a tocar lendo revistas de cifras com dois amigos da minha rua.

Aos 12/13 anos, fui chamado como baixista para uma banda rock! Fui expulso em 1 mês de banda haha. Em minha defesa, eu não era baixista e a banda fazia Cover de Red Hot Chili Peppers.

Em seguida montei a minha própria banda de rock, a Small Shift, aos 15 anos. Com essa banda, rodei o sul do Brasil em turnês com bandas nacionais e internacionais, foi como uma faculdade. Então, iniciei minha carreira solo em 2009 e cá estou.


Yellow Mag: Como surgiu o interesse pelo Reggae?


PH MORAES: Quando tinha 10/11 anos, achei dois CDs encostados na casa da minha irmã, um era o álbum “Legend" de Bob Marley and The Wailers e o outro era "Legalize It" do Peter Tosh. Lembro de pedir emprestado pra ela, acho que era do meu ex-cunhado na verdade. Lembro de levar os CDs pra casa e ficar escutando durante dias! Depois do contato principal e inicial que foi quando aprendi a música “No Woman no Cry” no violão, acho que esse foi o despertar mesmo da minha atenção para a música Reggae. Ali comecei a entender o que o Reggae representa. É uma música que te leva através do ritmo e melodia e te guia através das mensagens.

Yellow Mag: Como você avalia o cenário nacional do Reggae? Que artistas e grupos você destacaria?


PH MORAES: Então, tenho a sorte de ser um dos artistas que encabeçam um coletivo chamado Reggae Brazuca. Lá a gente realiza ações para movimentar o Reggae no Brasil e acredito que esteja dando certo.

Esse ano mesmo estamos lançando uma série de singles misturando de 5 a 6 artistas em cada faixa. Artistas de vários cantos do Brasil. Essa série a gente intitulou de “Reggae Brazuca Colab”, podem procurar nas plataformas, já tem 3 lançadas.

A ideia é que esses singles movimentem mais ainda o cenário e que em algum momento desemboque num festival que a gente possa reunir as bandas e artistas no offline.

O Reggae é querido pelo Brasil. Pode perceber que as vezes até dá a sensação que é uma vertente nossa! Somos um país tropical, quente, como a Jamaica, tem tudo a ver.

E sobre os destaques eu vou deixar o instagram do Reggae Brazuca pra vocês. Lá vocês encontram todo mundo. É impossível destacar alguns nomes haha.


Yellow Mag: Amamos a sonoridade das suas músicas, de onde vem suas inspirações? Quais as suas referências?


PH MORAES: Sou muito fã do conteúdo de vocês, ler isso é um presente pra mim!

Hoje em dia misturo o ritmo Ijexá com o Reggae e isso vem de dois lados. O ritmo Ijexá tem ligação com a minha doutrina de matriz africana. É um dos ritmos que escuto desde criança, minha mãe e meu pai são casados pela Umbanda, então é algo que escuto desde que me entendo por gente. E o Reggae vem da história que contei anteriormente.

Minhas inspirações vêm de vivências, tanto minhas, quanto de pessoas do meu convívio. Acredito que hoje em dia minha maior referência seja Gilberto Gil! Já escutei muitas bandas, artistas, pontos… Mas, no momento, tenho estudado bastante as obras de Gil.


Yellow Mag: Quais as obras você considera fundamental do Reggae que pra você definem o gênero?


PH MORAES: Essa vou responder levando em consideração meu laço afetivo hahaha. Comecem pelos álbuns “Legend" de Bob Marley and The Wailers e o outro era "Legalize It" do Peter Tosh.

E, depois, pesquisem Max Romeo, Jimmy Cliff, Dawn Penn, Judy Mowatt, a lista é infinita!


Yellow Mag: Qual o seu processo de criação na hora de compor?


PH MORAES: Tem músicas que a letra vem primeiro, outras que a melodia. Também já escolhi um tema e fui desenvolvendo junto letra e melodia. E também existem casos “místicos” como a primeira parte da música “Sou Brasileiro (Cheio de Cor)” que me surgiu em um sonho. Nesses, você tem que estar atento e gravar assim que acordar. Nessa, acordei de madrugada e cantei sussurrando no celular para não acordar ninguém, deu certo! Consegui transferir a letra completa pro papel.


Yellow Mag: Como surgiu a ideia da sua parceria com a banda ‘Nazirê’?


PH MORAES: Eu sou apaixonado por elas. A Nazirê conheci através do coletivo Reggae Brazuca. Na verdade, nós estávamos buscando por mulheres do Reggae nacional para iniciarmos as faixas colaborativas e uma outra artista, que também sou apaixonado, Marina Peralta, apresentou Jordania, Géssica e Ranny. Depois que descobri as músicas delas, não parei mais de escutar!

E depois de ter lançado a música “Lua Nova” junto da Marina Peralta, senti que deveria fazer o convite a elas pra participar do meu próximo single, a música “Ouvi Sereia Cantar”. E ali foi criado um laço muito grande, fluido, a energia bateu. Elas são incríveis… As letras, as vozes, melodias, são seres quase que místicos, de outro mundo haha.


Yellow Mag: E, por fim, existe algum momento que possa definir como o mais marcante na sua trajetória musical?


PH MORAES: Acredito que o presente de estar presente é o momento mais marcante. O agora! Nesse instante estou no Rio de Janeiro conhecendo novos lugares, novas pessoas, dividindo música. E ir para outro Estado e ver que tem pessoas que conhecem as minhas músicas, que sabem cantar elas, isso é surreal. Aliás, minhas não, nossas!


FOGRAFIA DE LUAN MAMED


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