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“Órfãos” estreia segunda temporada no Teatro Glaucio Gill

Protagonizada por Lucas Drummond, Ernani Moraes e Rafael Queiroz e dirigida por Fernando Philbert, montagem reestreia no Rio de Janeiro, depois de temporada de sucesso no Oi Futuro Flamengo.


Com extensa carreira internacional, a peça Órfãos (1983), que deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada, reestreia no Rio de Janeiro. A idealização e coordenação artística do projeto é do ator, roteirista e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz. O espetáculo estreiou segunda temporada ontem, dia 14 de janeiro e fica em cartaz até 12 de fevereiro no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, com sessões aos sábados e domingos às 20h. Órfãos é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, CEPEM, Agência 3 e Quorum Consultoria, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS.

SINOPSE CURTA: O espetáculo de Lyle Kessler gira em torno dos irmãos Phillip (Lucas Drummond) e Treat (Rafael Queiroz), que vivem em um lugar abandonado e só têm um ao outro. Treat, o mais velho, comete furtos para sustentá-los. Já Phillip não sai de casa há anos. Até que eles conhecem Harold (Ernani Moraes), um homem mais velho que irá transformar suas vidas.


“Me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018. É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o amor, que às vezes é bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond. “Meu personagem (Phillip) é criado pelo irmão mais velho, Treat (Rafael Queiroz), que bate carteira na rua para pôr o pão na mesa. Os dois só têm um ao outro. E por acreditar que tem uma alergia terrível à maioria das coisas, Phillip não sai de casa há anos. Então, toda a sua visão de mundo é baseada no que ele vê pela janela, pela TV e pelo que o irmão conta para ele. É um personagem extremamente sensível, poético e que tem uma imaginação incrível. Ele cria um mundo repleto de fantasia, que permite que ele viva, dentro de casa, um pouquinho dessa liberdade com a qual tanto sonha. Isso é o que mais me encanta nele”, revela.


Lucas convidou Fernando Philbert para dirigir a peça, realizando um antigo desejo de trabalhar com o diretor.


“Órfãos tem a natureza de uma fábula: dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade e, de repente, chega uma figura (Harold, Ernani Moraes) que vai ajudar, tentar dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro”, analisa Fernando.



Para construir a encenação, carregada de uma tensão crescente que permeia a relação entre os três personagens, o diretor procurou imprimir o maior grau de verdade possível, especialmente em torno da crença de cada personagem em suas fantasias:


“Eles precisam viver a crença naquilo que fantasiam, mais do que sonhar, é viver o sonho. Construir esses personagens está ligado a construir uma verdade, ainda que essa verdade seja sobre palavras e textos que pareçam estranhas, que não pareçam reais. Mas é muito importante que a verdade esteja presente ali, é isso que estabelece todo o jogo entre eles”, enfatiza Philbert.



No papel de Harold, o homem mais velho que transforma a vida dos dois jovens, Ernani Moraes destaca o desafio lançado pelo diretor para a composição de seu personagem:


“Pela primeira vez em teatro, me deram um adjetivo para eu pesquisar, que é ‘elegante’. Normalmente, estou no universo dos ogros, dos malucos, dos torturadores, e o Phil está puxando isso de mim, que é fazer um personagem elegante, sem esforço, calmo, falando com a voz normal. Para quem me conhece como ator, sabe que eu transito muito no outro lado. Está sendo muito desafiador”.


Rafael Queiroz concorda:


“Fernando tirou a gente da zona de segurança, onde a gente transita bem, tirou nossa base, desestruturou para reestruturar da maneira que ele quer e que sabe que vai ter o melhor resultado. É desafiador, mas ele é preciso, estica a corda até onde sabe que é possível”.


O cenário assinado por Natalia Lana reforça o abandono que caracteriza os irmãos órfãos, vivendo de forma precária em um apartamento decadente. Mesas, cadeiras e objetos variados evocam lembranças, reais ou não, especialmente em Phillip, que passa todo o tempo confinado. E são as janelas, que rodeiam todo o cenário, que fazem a ponte entre o mundo imaginário de Phillip e o mundo exterior.



A trilha original está a cargo do diretor musical Marcelo Alonso Neves:


“Há duas linhas distintas que desenvolvo no espetáculo. Primeiro, quis buscar a memória de uma época, em cima de áudios históricos de programas de televisão, de filmes de cinema. Além disso, vai ter uma parte de trilha incidental, para criar essas atmosferas, permear momentos de tensão e emoção”, resume.


A figurinista Rocio Moure pensou o conceito do figurino a partir de ícones representativos do momento em que os personagens estão inseridos na história, através de silhuetas e peças de roupa clássicas e bem definidas, inspiradas no cinema e na cultura da época:


“Procurei marcar a diferença clara do encontro entre as gerações dos três personagens, levando toques de personalidade para cada um deles com objetos de indumentária que destacam a diferença nos detalhes”, adianta.



Órfãos é o terceiro projeto teatral de Lucas Drummond em parceria com o amigo de longa data Bruno Mariozz, diretor de produção à frente da Palavra Z, realizadora da peça. Antes, os dois já haviam criado e produzido o espetáculo adulto Tudo o que há Flora (2016-19), com direção de Daniel Herz, e o musical infantojuvenil O pescador e a estrela (2020-22), escrito por Drummond e por Thiago Marinho e dirigido por Karen Acioly.

Montada originalmente há quase 40 anos, Órfãos tem premiada trajetória nos EUA e em dezenas de países, entre eles França, Alemanha, Estônia, México, Japão e Turquia. Em 1985, foi dirigida pelo também ator Gary Sinise e, na versão inglesa de 1986, rendeu a Albert Finney o Olivier Award de Ator do Ano. A montagem norte-americana mais recente, produzida na Broadway, em 2013, foi estrelada por Alec Baldwin e indicada ao Tony Awards na categoria Melhor Peça. A história ganhou as telas de cinema em 1987, no longa dirigido por Alan J. Pakula e protagonizado por Albert Finney, Matthew Modine e Kevin Anderson.


Fernando Philbert, diretor

Fernando foi diretor assistente de Aderbal Freire Filho em mais de 15 peças, entre elas Hamlet, com Wagner Moura; A Ordem do Mundo, com Drica Moraes; Incêndios, com Marieta Severo; e Macbeth, com Renata Sorrah e Daniel Dantas. Assinou a direção de O Escândalo Philippe Dussaert (2016), com Marcos Caruso, vencedor de todos os prêmios cariocas de Melhor Ator daquele ano; Contos Negreiros do Brasil (2017), espetáculo de grande repercussão, em circulação pelo Brasil há 5 anos; O Que é Que Ele Tem (2018), com Louise Cardoso; e codireção da peça O Topo da Montanha, com Lázaro Ramos e Taís Araújo. Em 2019, dirigiu Kiko Mascarenhas em Todas as Coisas Maravilhosas, espetáculo que lhe rendeu indicação ao Prêmio Shell na categoria Melhor Diretor; Pedro Paulo Rangel em O Ator e o Lobo, indicado ao mesmo prêmio na categoria Dramaturgia; e Thelmo Fernandes em Diário do Farol – Uma Peça sobre a Maldade, indicado ao Prêmio Cesgranrio de Melhor Ator e Melhor Espetáculo. Seus trabalhos mais recentes são as peças Gaivotas, da obra de Matéi Visniec, e Três Mulheres Altas, de Edward Albee.


Diego Teza, tradutor

Diego Teza é tradutor e pesquisador de dramaturgia contemporânea moderna de língua inglesa, pós-graduado em Tradução, pela Universidade Estácio, em 2015. Seu trabalho de curadoria de peças gerou êxito em várias produções teatrais recentes, como Medea (2021), de Eurípides, versão de Mike Bartlett, direção de Zé Henrique de Paula, com Fani Feldmann; Todas as Coisas Maravilhosas (2019), de Duncan MacMillan, direção de Fernando Philbert, com Kiko Mascarenhas; As Crianças (2019), de Lucy Kirkwood, direção de Rodrigo Portella, com Analu Prestes, Mario Borges e Stella Freitas; O Jornal – The Rolling Stone (2016), de Chris Urch, direção de Lázaro Ramos e Kiko Mascarenhas, com Dan Ferreira e Heloisa Jorge, e O Camareiro (2015), de Ronald Harwood, direção de Ulysses Cruz, com Kiko Mascarenhas e Tarcísio Meira, entre outros espetáculos, incluindo várias indicações a prêmios da área.


Lucas Drummond, idealizador, coordenador e ator

Lucas Drummond é ator, roteirista, produtor e realizador. Formado pelo Tablado e pelo Stella Adler Studio of Acting, em Nova York, já participou de 12 espetáculos teatrais, entre eles Gypsy (2010), de Charles Moeller e Claudio Botelho; Chacrinha, o Musical (2015), dirigido por Andrucha Waddington; A Vida de Galileu (2017), sob direção de Daniel Herz; e Chaves - Um tributo musical (2019/20), dirigido por Zé Henrique de Paula. Em 2016, idealizou, produziu e atuou na peça Tudo o que há Flora, vencedora dos prêmios Botequim Cultural de Melhor Texto e Cenário e Cenym de Melhor Companhia Teatral para a Nossa Cia. de Atores, da qual é integrante e fundador. Ainda em parceria com a Nossa Cia., realizou o musical infantojuvenil O Pescador e a Estrela (2020/2021), no qual além de protagonista, foi também coautor e letrista. Na TV, viveu os personagens Júnior na série Questão de Família (GNT/2014), de Sérgio Rezende, e Rael na série Todxs Nós (HBO/2020), com direção de Daniel Ribeiro e Vera Egito. No cinema, interpretou Aécio Neves no longa O Paciente (2018), de Sérgio Rezende, e escreveu, produziu e estrelou os curtas Depois Daquela Festa (2019) e Todos Os Prêmios Que Eu Nunca Te Dei (2021), ambos dirigidos por Caio Scot e selecionados para mais de 70 festivais no Brasil e no mundo. Seu trabalho mais recente foi o longa Seguindo Todos Os Protocolos (2022), dirigido por Fábio Leal.


Ernani Moraes, ator

Ator com mais de 30 anos de carreira, Ernani possui no currículo diversos espetáculos teatrais, filmes e mais de 51 trabalhos na televisão, entre eles 25 novelas. Indicado ao longo da sua carreira a vários prêmios de teatro, venceu o prêmio Molière de Melhor Ator pelo espetáculo A Megera Domada (1992), do Grupo Tapa. Em 1998, ganhou notoriedade ao interpretar o mecânico Boneca na novela Torre de Babel, da Rede Globo. Outros trabalhos na televisão incluem as novelas Chocolate com Pimenta (2004), Paraíso Tropical (2007), Salve Jorge (2012), O Outro Lado do Paraíso (2018) e Nos Tempos do Imperador (2021), todas da Rede Globo. No teatro, seu trabalho mais recente foi a peça Perdoa-me por me traíres (2018), de Nelson Rodrigues, dirigida por Daniel Herz, e no audiovisual a série Rensga Hits (2022), dirigida por Leandro Neri e Carol Durão para o Globoplay.

Rafael Queiroz, ator

Bacharel em Artes Cênicas pela CAL (Casa de Artes de Laranjeiras), Rafael tornou-se conhecido pelo grande público recentemente, ao interpretar o vilão Rael na novela A Dona do Pedaço (TV Globo, 2019), papel que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Melhores do Ano, do Domingão do Faustão. Antes disso, já havia participado de diversos trabalhos na televisão como as novelas Os Dez Mandamentos (TV Record, 2016) e Máscaras (TV Record, 2010) e a série As Canalhas (GNT, 2013). No cinema, integrou o elenco dos filmes Silêncio do Beijo, de Hamsa Hood; Desaparecida, de Thomas Hale; Lugares Terríveis, de Francisca Queiroz; e Inferno de cada um, de Miguel Rodrigues. Já no teatro, seus trabalhos mais recentes foram os espetáculos Sonhos de um Sedutor, sob direção de Ernesto Piccolo, e Êxtase, texto de Walcyr Carrasco, dirigido por Cláudio Gabriel.



FICHA TÉCNICA:

Idealização e coordenação do projeto: Lucas Drummond

Texto: Lyle Kessler

Tradução: Diego Teza

Direção: Fernando Philbert

Elenco: Ernani Moraes – Harold / Lucas Drummond – Phillip / Rafael Queiroz - Treat

Figurino: Rocio Moure Cenário: Natalia Lana

Iluminação: Vilmar Olos Trilha Sonora: Marcelo Alonso Neves

Fotografia e Vídeo: Costa Blanca Films e Gaulia Filmes

Direção de produção: Bruno Mariozz

Direção de movimento: Toni Rodrigues

Produtora executiva: Angélica Lessa

Assistente de direção: Luisa Vianna

Assistente de direção de movimento: Monique Ottati

Assistente de produção: Priscila Fernandes

Assistente de comunicação: Rafael Prevot

Assessoria de imprensa: Ribamar Filho e Leonardo Minardi (MercadoCom)

Realização: Palavra Z Produções Culturais Patrocínio: Oi e Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura

Serviço: Órfãos

De 14 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023

Sábados e domingos às 20h

Local: Teatro Glaucio Gill / Endereço: Praça Cardeal Arcoverde, s/n - Copacabana

Ingresso: R$ 30,00 (inteira) / R$ 15,00 (meia entrada)

Duração: 90min

Capacidade: 101 lugares

Classificação indicativa: 14 anos

Tel: (21) 2332-7904

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