“O Último Azul” abre a 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado e celebra o poder do cinema brasileiro
- Carlos Mossmann
- 13 de ago.
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Atualizado: 14 de ago.
Na próxima sexta-feira, o longa abre o Festival de Gramado com uma história potente e uma homenagem emocionante a Rodrigo Santoro, celebrando a criatividade e o alcance internacional do cinema brasileiro
O cinema nacional vive um momento histórico. “O Último Azul”, aguardado longa de Gabriel Mascaro, estreia na noite de abertura da 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, marcando o retorno internacional do diretor e rendendo a Rodrigo Santoro a homenagem máxima do evento: o Kikito de Cristal.
Na sexta-feira, 15 de agosto, Gramado se transforma em palco da première nacional do filme, dirigido pelo premiado Gabriel Mascaro, vencedor do Urso de Prata em Berlim. Protagonizado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo, “O Último Azul” abre o festival com uma exibição hors concours, reafirmando a relevância e a potência criativa do cinema brasileiro.
Uma noite inesquecível para o cinema brasileiro
A escolha de “O Último Azul” para abrir o festival reforça o prestígio de Gramado e celebra o vigor do cinema nacional, que conquista o mundo. Depois de arrebatar o Grande Prêmio do Júri na Berlinale 2025, além dos reconhecimentos do Júri Ecumênico e do Berliner Morgenpost, o longa chega ao público brasileiro em uma sessão especial, conectando temas universais a uma narrativa profundamente nacional.
A cerimônia de abertura será ainda mais emocionante com a homenagem a Rodrigo Santoro. Intérprete de Cadu no filme, Santoro recebe o Kikito de Cristal, um tributo ao seu talento multifacetado e à sua contribuição fundamental para o cinema brasileiro.
“A entrega do Kikito de Cristal a Santoro simboliza o olhar atento do festival para o talento brasileiro. Ele é um ator que projeta nosso cinema para o mundo com autenticidade e intensidade. Nesta edição, não poderia haver escolha mais justa”, destaca Marcos Santuario, curador do Festival de Gramado.
Sinopse: uma distopia amazônica de esperança e resistência
Ambientado em um futuro distópico nas margens do Amazonas, “O Último Azul” acompanha Tereza (Denise Weinberg), uma mulher de 77 anos obrigada a se exilar em uma colônia de idosos ao atingir sua “data de validade”. Inconformada com o destino imposto por uma sociedade que valoriza apenas a produtividade, Tereza desafia o sistema e embarca em uma jornada transformadora pelos rios amazônicos, determinada a realizar um último desejo enquanto ainda pode escolher.
O elenco, que conta também com Miriam Socarrás e Adanilo, mergulha em personagens marcados por arrependimentos e descobertas intensas. Um elemento simbólico atravessa a trama: uma misteriosa substância azul, extraída de um raro caracol amazônico, funciona como um portal para revelações profundas e mudanças emocionais. Os rios, mais do que cenário, simbolizam vida, abundância e resistência.
“A substância azul é uma metáfora para aquilo que nos move, o desejo de reescrever o passado e buscar liberdade, mesmo diante das imposições de um sistema opressor”, explica Gabriel Mascaro.
Reconhecimento internacional e impacto profundo
A estreia mundial de “O Último Azul” na Berlinale, em fevereiro de 2025, foi aclamada por público e crítica, consagrando o filme como um dos grandes destaques do ano. Com distribuição internacional garantida pela Lucky Number, de Paris, o longa reafirma a capacidade do cinema brasileiro de dialogar com questões sociais universais e provocar reflexões profundas.
Rodrigo Santoro descreve o filme como “uma reflexão poética sobre a humanidade”, ressaltando o poder do cinema de inspirar debates e transformações.
“O Último Azul” chega para tocar corações, provocar reflexão e reafirmar: o cinema brasileiro pulsa com força e sensibilidade. Gramado será o palco dessa estreia histórica. Permita-se viver essa experiência única e transformadora.
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