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Festival internacional de circo do SESC agita São Paulo com apresentações emocionantes

Artistas de de nove estados brasileiros e representantes de 21 países se apresentaram


Mina Corpo Multidao | Adriano Escanhuela
Mina Corpo Multidao | Adriano Escanhuela

O circo é uma arte milenar e que tem se reinventado a cada ano. Para prestigiar e valorizar esta importante manifestação artística, o Sesc realizou no mês de agosto a 8ª edição do CIRCOS, festival internacional de apresentações circenses com artistas de nove estados brasileiros e representantes de 21 países.

 

Ao longo de 17 dias, o festival bienal ocupou as unidades 14 Bis, 24 de Maio, Avenida Paulista, Belenzinho, Bom Retiro, Carmo, Consolação, Galeria (futura unidade), Ipiranga, Interlagos, Pinheiros, Pompeia, Santana e Vila Mariana e mais seis espaços públicos da capital paulista. 

 

Entre os destaques do evento, estão circos sociais que proporcionam uma mudança para quem perdeu as perspectivas de vida. Um deles foi Moya, do grupo sul-africano Zip Zap Circus, que abriu o festival contando a história de Jacobus Claassen, conhecido como Trompie, que encontrou refúgio na escola de circo e teve uma verdadeira mudança de vida. “O circo me fez feliz e quero também fazer as pessoas felizes”, disse ao final da apresentação durante bate-papo. A apresentação traz números circenses impressionantes, como acrobacias, malabarismo e trapézio, junto com uma apresentação de dança tradicional sul-africana e música ao vivo.

 

Bolhas | Paulo Liebert
Bolhas | Paulo Liebert

Outro importante circo social que se apresentou foi a Trupe Circus (PE) com Circo Science - Do Mangue ao Picadeiro. Os  jovens da Escola Pernambucana de Circo, um dos circos sociais mais antigos do Brasil, fizeram uma homenagem ao  legado do cantor e compositor Chico Science (1966–1997) em uma mistura de circo, música e cultura popular, com números impressionantes e muito mangue beat.

 

O Senegal também esteve representado com CiaSencirk através do espetáculo Ancrage, que aborda a relação do homem com a natureza. Na trama, um homem encontra uma criatura da terra e, entre confronto e conexão, ambos buscam equilíbrio e paz.  O uso de materiais naturais como palha, madeira e terra proporciona um ótimo cenário para a apresentação,que ainda apresenta técnicas que mesclam elevações aéreas e equilíbrio.

 

Outra apresentação de destaque foi Knitting Peace, do Cirkus Cirkör, da Suécia, uma das principais companhias da Europa, onde os artistas se equilibram em fios grossos, que lembram lã, em números de tirar o fôlego, junto com violinos tocados ao vivo. O espetáculo mostra que é possível tecer a paz em um mundo cada vez mais hostil. Lindo e emocionante.

 

Circo Science | Ricardo Maciel
Circo Science | Ricardo Maciel

O festival também teve apresentações gratuitas em equipamentos públicos, como uma apresentação de funambulismo, com a artista Jessica Lane, que caminhou sobre um arame que liga a futura unidade Sesc Galeria e o Theatro Municipal. Já em Salto no Vazio, o artista amazonense Odacy Oliveira performou em cima das árvores no centro da cidade,  convidando o público a se reinserir no ambiente natural mesmo em contextos urbanos. A interação com moradores de rua, tão invisibilizados no dia a dia, foi um ponto alto da apresentação. Também houve a intervenção CORP+S  com foco na acrobacia coletiva, que reúne pessoas de diferentes gerações e com identidades de gênero dissidentes e A Borboleta,  uma autobiografia circense com a artista cadeirante Sandra Silva em uma apresentação emocionante.

 

O grupo de palhaços Esparrama também fez um percurso divertido e interativo até o Centro de Memória do Circo, referência na América Latina, e com itens históricos de importantes companhias circenses que marcaram a cidade.

 

O festival também trouxe luz ao público LGBT+ com a festa-cabaré Dirty Laundry, do coletivo australiano Briefs Factory, conhecido por performances provocantes e irreverentes que usam elementos de circo, dança, arte burlesca, música, comédia e cultura drag queen para discutir as convenções de gênero, ​​com performances com espumas de sabão, bambolê em chamas e até um número de striptease.

 

Animado e interativo, contou até com um sorteio para uma pessoa assistir à uma performance no palco e ainda ganhar um vinho. A renda foi revertida para uma ONG que ajuda na inclusão de artistas trans, travestis e não binárias.

 

Mina Corpo Multidao | Adriano Escanhuela
Mina Corpo Multidao | Adriano Escanhuela

O encerramento foi com chave de ouro com o Coletivo francês XY que apresentou no Parque da Independência a performance interativa Les Voyages, convidando o público a ser “carregado” simbólica e fisicamente, fazendo pessoas anônimas se sentirem por alguns minutos um artista de circo. Em seguida, rolou uma apresentação de samba, coroando este importante festival que marcou a cidade por duas semanas.

 

Iniciativas como esta reforçam o lado educativo do Sesc e mostram que a arte transforma vidas e espaços e que o circo é um importante instrumento social, que vai muito além da palhaçada, acrobacias ou show de ilusionismo.

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