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3 Obás de Xangô

A amizade que moldou a baianidade chega aos cinemas em documentário de Sérgio Machado


3 Obás de Xangô
 3 Obás de Xangô | Divulgação

Estreou ontem, 4 de setembro, o documentário 3 Obás de Xangô, novo longa de Sérgio Machado. O filme parte da amizade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé para apresentar ao espectador uma dimensão cultural, social e religiosa dessa relação e suas influências na cultura brasileira e no modo de estar no mundo dos baianos. Em vez de biografias convencionais, oferece uma costura de obras, memórias e contextos que evidencia a centralidade do candomblé, a força das mulheres e a presença constante do mar como elementos formadores de um imaginário que atravessa gerações.


Participamos da cabine virtual do filme em 30 de agosto, promovida pela Primeiro Plano, e agradecemos a parceria. Assistir ao filme antes da estreia reforçou a percepção de estarmos diante de um documentário que dialoga com públicos diversos pela clareza da proposta e pelo cuidado na forma.


Amizade, candomblé e a invenção de um imaginário

Os reconhecimentos recentes confirmam o impacto: Grande Otelo de Melhor Longa-Metragem, Melhor Filme pelo Júri Popular na Mostra de Cinema de Tiradentes, Redentor de Melhor Documentário no Festival do Rio e Prêmio do Público de Melhor Documentário Brasileiro na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Não são apenas selos; indicam que a obra conecta repertórios históricos a discussões contemporâneas sem perder legibilidade.


Na tela, Jorge, Caymmi e Carybé surgem como referências que transformaram a observação do cotidiano em arte. A resiliência do povo do candomblé, o protagonismo feminino e a maré que organiza tempos e rotinas aparecem como base de uma ética e de uma estética compartilhadas. Depoimentos de Mãe Stella de Oxóssi, Camafeu de Oxóssi, Gilberto Gil, Muniz Sodré, Lázaro Ramos, Itamar Vieira Jr., Dori Caymmi, Danilo Caymmi, Paloma Amado e outros atualizam e qualificam esse legado.


3 Obás de Xangô
3 Obás de Xangô | Divulgação

A direção de Sérgio Machado aposta na precisão do registro e numa montagem que respira. A fotografia de Toca Seabra valoriza texturas e luz natural; a edição de André Finotti organiza tempos e vozes com clareza; o som de Priscila Alves e Dudoo Caribe integra ambiências e depoimentos sem excessos. É um conjunto técnico que sustenta a proposta sem se sobrepor a ela.


O filme tem produção da Coqueirão Pictures, coprodução de Janela do Mundo, Globo Filmes e GloboNews, patrocínio da Global Participações em Energia e distribuição da Gullane+. Essa rede viabiliza uma circulação ampla para um documentário de interesse para públicos de cultura, educação e memória social.


3 Obás de Xangô convida a reler Jorge Amado, reouvir Dorival Caymmi e revisitar Carybé para compreender como seus trabalhos continuam a organizar nossa percepção da Bahia e do Brasil. Claro, consistente e acessível, o longa oferece contexto e escuta, sem pressa e sem artifícios. Em cartaz nos cinemas, com distribuição da Gullane+.



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