top of page

Entre fantasia, confissões e desilusão amorosa, manny moura lança o álbum de estreia “a crush is a creative act”

Distribuído pela GRRRL Music, o debut reúne nove faixas que atravessam folk e pop


manny moura por Gabriela Borges
manny moura por Gabriela Borges 

A cantora e compositora carioca, residente em Los Angeles, manny moura lança a crush is a creative act, álbum de estreia distribuído pelo selo GRRRL Music. As nove músicas, que habitam a mistura entre folk e pop, narram a história completa de uma desilusão amorosa, tendo como faixa de trabalho I Think You Think of Me — canção mais pop do repertório, marcada por um refrão de forte apelo e por inaugurar a segunda metade da narrativa. Ouça aqui.


Imerso em conceitos e ângulos de um romance que pode ser interpretado dentro do universo feminino, a crush is a creative act tem como fio condutor a fantasia. O álbum parte da ideia de que projetar sentimentos em alguém revela mais sobre quem narra a experiência do que sobre a pessoa escolhida, fazendo da prática de imaginar e sustentar um enredo amoroso um ato criativo em si. Esse gesto resultou, por fim, em uma obra artística completa.


“A fantasia é sempre um lugar mais seguro do que a realidade, porque tenho controle dela”, comenta manny. 

O repertório, composto inteiramente no violão, é resultado de um processo de três anos em que manny moura criou canções como forma de processar seus sentimentos, em um exercício autoanalítico ou simples desabafo pessoal. A prática de gestar confissões íntimas e vulneráveis, que inicialmente não tinham a finalidade de ultrapassar seu mundo interior, acabou se consolidando como a matéria-prima do álbum.


Capa de a crush is a creative act  por Gabriela Grafolin
Capa de a crush is a creative act  por Gabriela Grafolin 

Gravado em três cidades, o álbum nasceu em Los Angeles, onde manny compôs todas as músicas. Em maio de 2024, a artista se reuniu com os produtores Nathan Dies e Fernando Tavares em um estúdio em Nova York durante dez dias. Assim as faixas foram moldadas e ganharam corpo. O processo de finalização se deu com cada um em um fuso horário diferente — manny em Los Angeles, Nathan em Nova York e Fernando em Salvador.


A sonoridade do álbum se apoia na mistura de folk e pop, território que manny domina com naturalidade. Arranjos de violão sustentam a base folk, enquanto o encontro entre synths e baterias pop expandem esse universo sonoro — “uma estética única que é a cara dela”, comenta Nathan. “Foi muito especial trabalhar com uma artista de visão tão clara como a manny. Produzir a crush is a creative act foi expandir forças já presentes nas canções e buscar criar um mundo romântico, sensível e colorido, e ao mesmo tempo autoconsciente na forma como explora sentimentos”, completa o produtor. Para Fernando Tavares, “nas músicas que Manu escreve existem todas as informações necessárias para construir um universo sonoro muito pessoal, colorido e cheio de personalidade”.


A crush is a creative act dialoga com a vulnerabilidade feminina presente em trabalhos de uma geração de artistas pela qual manny se declara obcecada. Obras como “Folklore”, de Taylor Swift; “History of a Feeling”, de Madi Diaz; “Good Riddance”, de Gracie Abrams; “Sour e Guts”, de Olivia Rodrigo; além da melancolia de Phoebe Bridgers, ressoam no mapa sonoro que orienta a estética do álbum.


“Eu quis criar um projeto onde meninas pudessem se sentir tão compreendidas quanto eu me sinto escutando essas artistas”, resume manny.

Faixa a faixa

Enough é a faixa que abre o álbum, mas começa pelo fim da história. A canção traduz a reflexão de uma desilusão amorosa em que o eu-lírico reconhece ter inventado grande parte do enredo em sua própria mente. A produção musical traz contornos pop e experimentais que estabelecem o ponto de partida da narrativa.


Synchronicity é fruto de um fluxo imediato de criação, composta em apenas vinte minutos e traduzida em estúdio de forma quase instantânea. A sonoridade se constrói sobre múltiplas vozes e camadas de guitarra, criando uma atmosfera etérea que conduz a um estado de suspensão.


Object of Desire é a faixa em que emergem inseguranças sobre autoimagem, levantando questões sobre afeto, desejo e rejeição. A letra expõe a intimidade desse conflito, aproximando identidade e aceitação.


What I Know Best apresenta a proximidade entre letra e voz como centro da canção. Para preservar essa intimidade, a produção apostou em arranjos minimalistas, deixando que cada palavra soe como confissão.


Pindrop (interlude) funciona como uma divisão narrativa. A canção incorpora versos escritos anos antes e cria o respiro necessário para separar as duas metades do álbum, atuando como uma pausa reflexiva.


I Think You Think of Me é a faixa de trabalho do disco e a mais pop do repertório. Ela marca o início da segunda metade da narrativa, quando a perspectiva se afasta da dor e se aproxima de um lugar de maior segurança emocional.


Lemons and Limerence é a canção em que o conceito do álbum se consolida. Foi  a primeira música produzida ao lado de Nathan Dies e Fernando Tavares, e carrega a essência estética do projeto. Para a artista, esta é a letra que ela  mais se orgulha de ter escrito.


Arriving trata da fantasia como refúgio, um espaço mais confortável para habitar diante da realidade, onde o eu-lírico encontra morada e sentido.


The Other Side encerra o álbum como passagem para um novo território. Do outro lado da fantasia, algo real se anuncia, enquanto o arranjo ganha densidade com o cello de Kely Pinheiro e a bateria de Gui Fuentes.


manny moura por Gabriela Borges
manny moura por Gabriela Borges

SOBRE MANNY MOURA: é uma cantora e compositora que cresceu entre o Rio de Janeiro e Nova York, e que atualmente vive em Los Angeles. Formada em Composição pela Berklee College of Music, lançou seu EP de estreia, Libra in Love, em 2022, com produção musical de Rodrigo Martins (indicado ao Grammy por seu trabalho com Rubel). Em 2025, manny moura lançou os singles Enough, Object of Desire e Lemons and Limerence, que anteciparam o disco de estreia a crush is a creative act.

 

manny compôs a canção original Espelho do Mundo, para o curta-metragem “A Menina e O Mar”, do diretor Gabriel Mellin, indicado ao Festival de Cannes, e que ganhou mais de 40 prêmios. A artista também colaborou com a brasileira Rebeca no disco “Espiral”, de 2024 – em que assina a composição de 7 das 10 faixas do álbum em parceria com Rebeca, com quem já se apresentou no Brasil, no Bar Alto (SP), em 2024.

 

Inspirada por Taylor Swift, Lorde e Phoebe Bridgers, o trabalho de manny vive na fantasia, num mundo magenta, que ao mesmo tempo busca a vulnerabilidade da vida real.

 


FICHA TÉCNICA

 

Composições: manny moura

Produção: Nathan Dies & Fernando Tavares

Mixagem: Rodrigo Martins

Master: Julian Picado

Participações:

Arranjos de Voz em “Lemons and Limerence” e “Arriving”: Rebeca Sauwen

Cello em “The Other Side”: Kely Pinheiro

Bateria em “The Other Side”: Gui Fuentes


ASSESSORIA DE IMPRENSA 

Thais Pimenta

Marina Mole


Comentários


bottom of page