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2ª edição do MIACENA ocupa cidade com peças gratuitas em lugares alternativos

São mais de 40 apresentações de grupos nacionais e internacionais

 

Rainhas do Radiador, A Andarilha | foto Ricardo Avellar
Rainhas do Radiador, A Andarilha | foto Ricardo Avellar

Apesar de São Paulo ser uma das cidades com o maior número de salas de espetáculos do Brasil, há sempre espaço para inovação. Pensando nisso, André Acioli e Dani Angelotti decidiram criar o  MIACENAMostra Internacional de Artes Cênicas em Espaços Não Convencionais e Alternativos, que propõe ocupar outros espaços com 40 peças do Brasil e do mundo.

 

“Ao ocupar bares, praças, museus e outros locais não convencionais, convidamos o espectador a perceber a arquitetura, a memória e os fluxos cotidianos como parte ativa da cena”, disse André e Dani.

 

O evento também promove a Feira da Mia – Economia Sustentável  nos dias 25 e 26 de outubro com profissionais da Feira Preta e da economia criativa alinhados a práticas circulares.

 

A MIACENA reúne artistas de 5 estados brasileiros e projetos de Portugal, Argentina e França e se espalha por ruas e cruzamentos do centro, além de espaços como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB SP), Teatro Cultura Artística, Instituto Brasileiro de Teatro (iBT), Centro de Referência da Dança (CRD), Instituto Capobianco, Galeria Olido, Secretaria municipal de Cultura e Café Girondino.

 

A abertura foi na última terça-feira (21) com o Bloco Afro Ilú Obá De Min, um dos maiores representantes da resistência feminina negra, levando um pouco do clima de carnaval fora de época para as ruas do centro.

 

Matou a Família e Foi ao Cinema | foto: Dany Fontana
Matou a Família e Foi ao Cinema | foto Dany Fontana

Entre os destaques nacionais, temos Matou a Família e Foi ao Cinema, montagem indicada ao Prêmio Shell 2025 (1º/11, 17h); Escuto Centenas de Casos de Amor (25/10, 14h), que transforma o café em palco para memórias e canções; Estou Bem Aqui e Lembrei de Você (26/10, 13h), um áudio tour numa caminhada pelas ruas do Centro e ¡La asimetría es mas rica! (25/10, 14h) uma performance da atriz PcD, Estela Lapone, que propõe transformar a cultura capacitista.

 

No Dia das Bruxas, a artista Lena Giuliano faz a performance Escrevendo na Cova de Alguém, onde ela escreve um epitáfio e conversa intimamente com um participante do público, escrevendo um obituário poético baseado na conversa e o lê para a pessoa enquanto ela se deita em um caixão, ouvindo músicas escolhidas por ela  (31/10, 21h30).


Escrevendo na Cova de Alguém | divulgação
Escrevendo na Cova de Alguém | divulgação

  Entre os internacionais, teremos a primeira exibição da obra em processo Sumergidos, da companhia argentina De La Mejor Manera, que imagina uma Buenos Aires parcialmente submersa (24 e 25/10, às 21h). Já da França, é apresentada a peça Ela Perdeu o Controle, em parceria com o Brasil, que propõe uma experiência sonora imersiva sobre vigilância e controle (30/10, às 20h).

 

“No futuro, esperamos que o festival contribua para ampliar o acesso do público às artes cênicas e inspirar novas gerações de artistas a repensar seus modos de produção e relação com o espaço urbano. O impacto que buscamos não é apenas estético, mas também social e político”, afirma André Acioli.


Sumergidos | foto De La Mejor Manera
Sumergidos | foto De La Mejor Manera

  Iniciativas como o MIACENA requalificam o centro e trazem pessoas para o universo das artes cênicas através da ocupação de novos espaços. A Mostra também propõe um pertencimento maior da população a equipamentos públicos importantes.

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